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IMPACTOS DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

No momento atual, o padrão de construção civil seguido, em todo seu conjunto de etapas consecutivas, provoca vários danos ambientais, dado que, além de utilizar, abrangentemente, matéria-prima não renovável da natureza e consumir quantidades superiores de energia, tanto na extração quanto no transporte e elaboração dos insumos, é também considerado desperdiçador no uso dos materiais e considerado ampla fonte geradora de resíduos dentro da sociedade.

Estes impactos ocasionam a formação de áreas degradadas que sucedem em três etapas do processo construtivo: na obtenção de materiais, considerando a retirada de matéria-prima natural e a produção de produtos, na execução das obras civis e na fase de disposição final dos resíduos gerados pela construção propriamente dita.

Em 2002 o Conama expediu a Resolução 307 de 2002, que estabelece diretrizes e procedimentos para gerenciamento integrado dos resíduos da construção civil, visando promover benefícios de ordem social, econômica e ambiental. Esta Resolução estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil; classifica os resíduos da construção civil; estabelece que os geradores devam ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos e em sequência a redução, a reutilização, a reciclagem e a destinação final; entre outros.

Esta Resolução, no entanto, ainda é pouco aceita, pois poucos são os geradores que têm a preocupação de não produzir resíduos ou que priorizam a redução seguida da reciclagem. Maior parte dos geradores e municípios não se preocupam com esta questão, e sim, apenas com a coleta, transporte e disposição dos resíduos sólidos da construção civil.

Sabendo que o conjunto de fases da construção civil vem a causar uma série de impactos e degradação, a procura por métodos de prevenção e até recuperação das áreas degradadas se torna de extrema magnitude. Esta busca deve partir das empresas construtoras e de responsáveis pela obra, como os engenheiros, arquitetos e trabalhadores diretos. Estes precisam optar pelo controle no consumo de materiais, ter o cuidado e escolher o melhor uso de tecnologias construtivas, objetivando uma maior vida útil à obra, melhor desempenho ambiental, que se aproxime cada vez mais da construção sustentável.

De acordo com o proposto anteriormente, podem ser utilizadas tecnologias inovadoras que resultam em ganhos no processo de produção, economia, melhor qualidade final do produto e menor desperdício. Sendo assim, é necessário o planejamento antes da execução das obras, de forma que sejam escolhidos os materiais e processos construtivos mais eficientes e menos degradantes. Também, na fase de execução deve ser pensado o reuso e reciclagem de materiais a fim de minimizar a geração de resíduos que precisam de um destino posterior.

 

Gian Franco Werner – Eng. Ambiental

Ecourbana Acústica e Meio Ambiente

@eco.urbana